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Equador deixa de sediar diálogo com ELN após ataques na fronteira

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O Equador decidiu se afastar do processo de paz com o ELN e não será mais sede dos diálogos de paz que abrigava desde fevereiro de 2017 com esta guerrilha, anunciou nesta quarta-feira (18) a chanceler colombiana, María Angela Holguín.

A Colômbia "compreende as razões pelas quais o presidente (Lenín) Moreno decidiu se afastar de sua condição de garantidor e anfitrião destas negociações", declarou a ministra, em alusão aos ataques e aos sequestros ocorridos recentemente na fronteira entre os dois países.

Após agradecer o povo equatoriano, Holguín informou que seu governo levará a mesa de negociações com o Exército de Libertação Nacional (ELN) para uma das "sedes alternativas", no Brasil, Chile, Cuba, Noruega ou Venezuela.

Moreno anunciou mais cedo, em Quito, que deixaria a condição de fiador do processo de paz com o ELN.

"Solicitei à chanceler do Equador que freie essas negociações e nossa condição de garantidor desse processo de paz, enquanto o ELN não se comprometer a deixar de cumprir essas atividades terroristas", declarou Moreno em entrevista ao canal colombiano RCN.

O presidente parece ter endurecido sua posição com a ofensiva enfrentada pelo Equador na fronteira com a Colômbia por parte dos guerrilheiros dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), acusadas de sequestro e assassinato de uma equipe do jornal El Comercio de Quito.