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Cúpula das Américas aprova em Lima 'compromisso' contra corrupção

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Os governantes que participam da Cúpula das Américas em Lima aprovaram, neste sábado (14), por aclamação, um "compromisso" contra a corrupção, tema principal deste encontro.

"Adotemos ao início desta reunião o Compromisso de Lima 'Governabilidade Democrática Contra a Corrupção'" para "expressar a firme vontade" de acabar com esse flagelo, disse o presidente peruano, Martín Vizcarra, ao abrir a primeira sessão plenária da Cúpula.

Imediatamente, os presidentes aprovaram por aclamação esse documento, algo que tradicionalmente é feito ao fim de uma reunião e não em sua primeira sessão de trabalho.

O documento, que não tem poder vinculante, mas fixa uma meta a ser alcançada por todos, havia sido acordado na sexta-feira em uma reunião de chanceleres, após ser negociado pelos países americanos durante sete meses.

"Reitero a convocação para conformar uma aliança regional contra a corrupção. E uma política de tolerância zero frente os corruptos", afirmou Vizcarra.

"O Peru assumiu o desafio da luta frontal contra a corrupção. Essa é a prioridade do meu governo", acrescentou, em alusão a sua chegada ao poder há três semanas, após a renúncia de Pedro Pablo Kuczynski, envolvido em denúncias de corrupção.

Na sexta-feira, o presidente americano, Donald Trump, que não foi a Lima para preparar uma resposta ao suposto uso de armas químicas pelo governo de Bashar al-Assad, ordenou atacar vários alvos sensíveis na Síria em coordenação com França e Grã-Bretanha, contando com o apoio da Otan.

Em Lima, o vice-presidente americano, Mike Pence, teve que se ausentar durante um tempo da cerimônia de abertura na sexta-feira à noite para informar os líderes do Congresso sobre os ataques.

Depois de aprovarem o compromisso contra a corrupção, os presidentes visitantes começaram seus discursos.

A Cúpula termina neste sábado e, além da luta contra a corrupção, os presidentes poderiam discutir sobre a situação na Venezuela e um pedido americano para aumentar as sanções contra o governo de Nicolás Maduro.