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Déficit primário da América Latina cai, segundo a Cepal

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A América Latina registrou, em 2017, "uma melhoria significativa do resultado primário em vários países", com redução do déficit fiscal de 1% a 0,7% do PIB em 2017, segundo estudo da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) publicado nesta sexta-feira (23).

O Panorama Fiscal da América Latina e do Caribe 2018 ressalta que, em 2017, "verificou-se uma melhoria significativa do resultado primário em vários países da América Latina, como reflexo do processo de consolidação fiscal na região". 

Consequentemente, na média das economias da América Latina, foi registrada uma redução do déficit primário (saldo antes do pagamento dos juros da dívida pública), que passou de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016 a 0,7% em 2017. Já o resultado global médio recuou de 3,1% do PIB em 2016 a 2,9% do PIB em 2017.  

O relatório destaca especialmente o avanço registrado na América do Sul, onde o déficit primário recuou de 1,9% em 2019 para 1,5% em 2017 - embora continue elevado em alguns países como Brasil (-1,7% do PIB), Peru (-1,7%), Chile (-2%) e Argentina (-2,5%). 

No norte de América Latina — que inclui a América Central, Haiti, República Dominicana e México — o resultado primário foi superavitário, chegando a 0,1% do PIB, em comparação com um déficit de 0,2% em 2016. 

Em países como a Colômbia, as medidas de consolidação adotadas permitiram alcançar reduções importantes do déficit primário (que passou de -1,6% do PIB em 2016 a -0,6% em 2017) e no Uruguai, onde passou de -1% a 0,3% em 2017.

O relatório também aponta que a dívida pública bruta da América Latina alcançou 38,4% do PIB em 2017, um leve aumento de 0,7 ponto do PIB em relação a 2016.

O Brasil continua a ser o país com maior nível de endividamento público, de 74% do PIB, seguido por Argentina (53,7%) e Costa Rica (48,8%).