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Candidato a presidente da Catalunha tem prisão preventiva decretada

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Um juiz do Tribunal Supremo espanhol decretou a prisão preventiva do candidato a presidente da Catalunha, Jordi Turull, e outros quatro separatistas acusados de rebelião por seu papel na fracassada declaração de independência da região espanhola.

Além de Turull, que não poderá assistir no sábado à segunda votação prevista sobre sua posse, o juiz Pablo Llarena ditou a prisão preventiva da ex-presidente do Parlamento catalão, Carme Forcadell, e outros três ex-ministros do Executivo catalão.

A medida respondeu ao "grave risco de fuga" dos acusados, segundo o Supremo, diante da dura pena acarretada pelo crime de que são acusados: até 30 anos de prisão.

Outra líder separatista, Marta Rovira, tinha sido convocada nesta sexta-feira para se apresentar ao Supremo em Madri, mas ela ignorou a citação e anunciou por carta que deixaria a Espanha, seguindo os passos de outros seis independentistas que foram para o exterior, entre eles o ex-presidente Carles Puigdemont, instalado na Bélgica.

Com estas novas detenções, chega a nove o número de separatistas em prisão provisória, relacionada com a tentativa de secessão da Catalunha, em outubro passado.

Llarena confirmou nesta sexta-feira a denúncia do núcleo duro dos separatistas. Treze deles teve confirmada a acusação de rebelião, entre eles Turull.

O magistrado, que instrui o caso por tentativa de secessão unilateral da Catalunha, também reativou uma ordem europeia de captura contra Puigdemont e quatro ex-membros de seu gabinete, e emitiu uma ordem internacional contra Marta Rovira, deputada regional que se recusou a comparecer nesta sexta-feira perante o Supremo e que estaria na Suíça, segundo meios de comunicação espanhóis.

A decisão do juiz pode gerar novas tensões na Catalunha, onde os chamados Comitês de Defesa da República (CDR) e uma associação separatista convocaram manifestações na noite desta sexta-feira.