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Primeiro-ministro chinês Li Keqiang conquista novo mandato

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O Parlamento chinês, submetido ao Partido Comunista no poder, concedeu, sem surpresa, neste domingo (18), um novo mandato de cinco anos ao primeiro-ministro Li Keqiang, cuja figura é cada vez mais ofuscada pela do presidente Xi Jinping.

Li foi reeleito por 2.964 votos a favor e dois contra durante a sessão anual da Assembleia Nacional Popular (ANP) organizada no Palácio do Povo em Pequim.

No dia anterior, Xi Jinping foi reeleito por unanimidade como presidente.

Li Keqiang, de 62 anos, que chegou ao cargo de primeiro-ministro em 2013, é oficialmente encarregado de pilotar a segunda economia mundial. Mas ao longo dos anos viu sua autoridade se dissolver.

Xi Jinping acumulou cargos, colocou seus aliados em posições-chave e pode voltar a se candidatar em 2023, depois que o Parlamento aboliu o limite de dois períodos presidenciais de cinco anos na semana passada.

"Desde o início de seu mandato, Li Keqiang foi afastado das questões econômicas que tradicionalmente correspondem ao primeiro-ministro", disse à AFP Jonathan Sullivan, especialista em China na Universidade de Nottingham, no Reino Unido.

"Li Keqiang aceitou um papel secundário, de subordinado", analisa Sam Crane, especialista em história chinesa do Williams College nos Estados Unidos.

"Ele continua a manter influência em termos de política econômica, mas essa influência é baseada no reconhecimento prévio de Xi como chefe supremo", diz ele.