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Consenso 'limitado' na UE sobre reformas na zona do euro, diz Tusk

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A União Europeia (UE) chegou a um consenso "limitado" sobre as reformas da zona do euro, alerta o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, em documento enviado com seu convite para a próxima cúpula europeia, cujo rascunho a AFP consultou nesta sexta-feira (16). 

"Muitos dos assuntos que se debaterão em março foram examinados pelos ministros (da zona do euro) em várias ocasiões e até a data se chegou a um grau limitado de consenso", alerta Tusk, sobretudo quando a UE quer mostrar unidade para dar um novo impulso ao bloco, após o Brexit. 

Os mandatários europeus preveem tratar das reformas para a zona da moeda única durante uma cúpula prevista na próxima semana e, neste sentido, o presidente do Conselho Europeu destaca que, para seguir adiante, é preciso sua "participação direta" e "orientação".

Para Tusk, que coordena os trabalhos dos mandatários europeus, o objetivo deve ser "reforçar a resistência da união monetária (...) a fim de melhorar sua capacidade de resistir às perturbações financeiras". Por isso, pede um "debate aberto e com visão de futuro".

O convite de Tusk acontece quando os líderes das primeiras economias da zona do euro, a alemã Angela Merkel e o francês Emmanuel Macron, fazem uma reunião em Paris para tentar fazer convergir suas posições, bem como prometeram em dezembro. 

Contudo, a Alemanha, que teme acima de tudo ter que pagar as dívidas de seus parceiros, não se posicionou claramente sobre a grande reforma da UE de Macron, que incluiria um orçamento e um ministro de Finanças específicos para a zona do euro.

As discussões em curso são focadas na União Bancária e na transformação do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE) em uma espécie do Fundo Monetário Europeu, embora avancem com dificuldade por causa da paralisação política da Alemanha, já resolvida.