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Corte ordena que Fujimori seja processado por massacre

Ex-presidente peruano recebeu indulto em dezembro de 2017

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Um tribunal peruano ordenou que o ex-presidente do país Alberto Fujimori (1990-2000) seja processado pelo massacre de seis camponeses em 1992. A corte decidiu ontem (19) não aplicar o indulto concedido pelo atual mandatário, Pedro Pablo Kuczynski, e manter Fujimori como acusado.

    O Colegiado B da Sala Penal Internacional acatou o pedido da defesa das vítimas do massacre de não aplicar o indulto que impediria Fujimori de ser processado em casos judiciais.

    O indulto a Fumijori foi dado em dezembro, após o ex-presidente cumprir parcialmente uma condenação de 25 anos de prisão por crimes de lesa-humanidade. O Ministério Público pede que Fujimori seja processado junto com outras 23 pessoas, entre elas ex-integrantes de um grupo paramilitar das Forças Armadas. Os promotores pedem mais 25 anos de prisão para Fujimori, que está com 79 anos de idade. O ex-presidente é acusado de ser o autor mediato dos crimes de homicídio, sequestro e associação ilícita perpetrados pelo esquadrão paramilitar.

    Em 29 de janeiro de 1992, durante um movimento ativo de guerrilha no Peru, membros do Grupo Colina, criado por militares, sequestraram e assassinaram seis pessoas em Pativilca, ao norte da capital, Lima. Por sua vez, o advogado de Fujimori, Miguel Pérez, anunciou que recorrerá da decisão para livrar o ex-presidente do julgamento. Kuczynski concedeu o indulto a Fujimori em uma manobra política que desencadeou uma série de protestos no Peru e de grupos de direitos humanos. (ANSA)