Um israelense de 40 anos foi morto a facadas nesta segunda-feira (5), perto de uma colônia judaica na cidade de Ariel, na Cisjordânia. O crime aconteceu em um ponto de ônibus, e imagens de câmeras de segurança mostram que o agressor se aproximou da vítima, esfaqueou-o e seguiu pelo outro lado da via.
O homem chegou a ser internado em estado grave, mas logo veio a falecer. O exército procura o agressor, que teria sido ferido por um caminhão antes de fugir. Esse é o segundo assassinato na região desde o início do ano. O primeiro foi o do rabino Raziel Sheva, morto a tiros enquanto dirigia.
Segundo o grupo fundamentalista Hamas, o atentado comprova que a "Intifada" (palavra em árabe para "revolta") continua e representa uma "operação heroica" contra a "ocupação militar israelense". A conflituosa relação entre israelenses e palestinos - uma das mais antigas da história da humanidade - tem um de seus palcos na Cisjordânia, território delimitado pelo rio Jordão e que não foi anexado formalmente por Israel. Ou seja, não possui, por lei, nenhum Estado soberano desde que a Jordânia renunciou à sua administração. Além disso, a maior parte da população local é composta por palestinos. Porém mais de 600 mil colonos israelenses vivem na região e em Jerusalém Oriental. A tensão na Cisjordânia vem aumentando desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu Jerusalém como capital de Israel, em dezembro de 2017.