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Premier italiano descarta formar governo com Berlusconi

Gentiloni ainda afirmou que populistas 'não vencerão' eleições

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O primeiro-ministro da Itália, Paolo Gentiloni, descartou que a sua sigla, o Partido Democrático (PD), tenha a intenção de participar de uma coalizão de centro-direita, caso o Força Itália de Silvio Berlusconi vença as eleições marcadas para março.

"Para responder diretamente a sua questão: Não, não estou interessado. Esperamos que não ocorra isso e que a centro-esquerda que represento obtenha a maioria. Mas, de qualquer maneira, acredito que nós podemos ser pilares de uma possível coalizão para governar", disse em entrevista à agência Bloomberg nesta quarta-feira (24).

Segundo as últimas pesquisas eleitorais, a coalizão de Berlusconi - que inclui o partido ultranacionalista Liga Norte e o de direita Irmãos da Itália - teria a maior parte dos deputados e senadores eleitos para o Parlamento. No entanto, isso não significa que eles teriam a maioria, precisando negociar por mais apoio político.

Já o PD seria, de acordo com uma projeção da Ipsos, a terceira força política no Parlamento, atrás da coalizão de centro-direita e do oposicionista Movimento Cinco Estrelas (M5S).

Por diversas vezes, Berlusconi elogiou Gentiloni como uma "boa pessoa" e alguém extremamente "diplomático" para resolver problemas.

Na conversa, Gentiloni ainda criticou os movimentos populistas que atuam na Itália, ressaltando que todos "devem ficar muito atentos com essas eleições para não interromper o processo de reformas que nós realizamos nos últimos cinco anos, com o esforço dos trabalhadores e das empresas italianas".

"Nós estamos na estrada certa, visto que a economia voltou a crescer, mas como todos sabem, o fato que nós temos os números do crescimento positivo não significa, automaticamente, que nós resolvemos todos os nossos processos sociais e políticos", disse ainda o atual premier.