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May promete 50 milhões de euros para segurança em Calais

Premier recebeu o presidente da França, Emmanuel Macron

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A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, e o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciaram nesta quinta-feira (18) um acordo para "reforçar a segurança" em Calais, um dos teatros da crise migratória na Europa.    

Os dois líderes tiveram um encontro bilateral na Real Academia Militar de Sandhurst, centro de treinamento do Exército britânico situado no sul do país, durante o qual falaram sobretudo de temas como imigração e cooperação no pós-Brexit.    

Na reunião, May e Macron concordaram em manter a gestão compartilhada da fronteira em Calais, cidade francesa situada na margem sul do Canal da Mancha, mas com novidades. A primeira-ministra aceitou desembolsar uma cifra extra de 50 milhões de euros para reforçar a segurança no município, destino de milhares de migrantes forçados que desejam chegar ao Reino Unido.    

Além disso, May prometeu tornar menos burocráticos os procedimentos para acolher ao menos uma parte dos menores abandonados que vivem em acampamentos clandestinos em Calais, ainda que ela não tenha falado em números. "É um desafio comum, a ser enfrentado para superar uma situação ainda insatisfatória", afirmou Macron.    

Ele pede que o tempo de espera para a realocação de crianças migrantes diminua dos atuais seis meses para "25 a 30 dias". Em contrapartida, a França prometeu continuar agindo para impedir essas pessoas de deixarem Calais, inclusive depois do rompimento de Londres com a União Europeia.    

O presidente também confirmou a vontade de emprestar ao Reino Unido a "Tapeçaria de Bayeux", enorme tapete bordado que retrata a conquista normanda da Inglaterra, em 1066. A obra fica na Normandia e será levada a um museu britânico em 2022.    

Na última terça-feira (16), Macron esteve em Calais e prometeu que a cidade não voltará a ser palco de emergências humanitárias. No ápice da crise migratória no município, os acampamentos clandestinos chegaram a abrigar 8 mil pessoas, número que hoje é de "apenas" 600, todas elas com esperanças de cruzar o Canal da Mancha.