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Não haverá 'nova selva' de imigrantes em Calais, diz Macron

Presidente visitou local emblemático da crise migratória

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O presidente da França, Emmanuel Macron, visitou nesta terça-feira (16) a cidade de Calais, que se tornou um dos "símbolos" da crise migratória que atingiu a Europa nos últimos quatro anos, e prometeu que não haverá no local uma "nova selva".

"De maneira nenhuma nós deixaremos que uma 'selva' possa ser formada. Tudo está sendo feito para tornar a passagem ilegal em Calais impossível", disse o presidente ao visitar o local. A cidade francesa era muito usada por imigrantes para tentar a travessia até o Reino Unido.

Cerca de 15 meses após a desocupação da "selva de Calais", há cerca de 600 pessoas no local ainda com a esperança de conseguir chegar ao Reino Unido. No ápice da crise, o campo de refugiados chegou a abrigar até oito mil pessoas.

Para Macron, em Calais há uma "situação fora de qualquer regra" e, para enfrentar a emergência, foram enviados 1,3 mil policiais à região. Ele ainda aproveitou para criticar o Regulamento de Dublin que determina que o responsável para analisar pedidos de refúgio é o Estado-membro da União Europeia onde o imigrante desembarcar primeiro.

"Hoje, o sistema de Dublin não é mais satisfatório. Precisamos organizar uma política europeia mais sólida ao externo, não em seu seio. Precisamos garantir o destacamento de um sistema único e integrado", destacou o presidente.

No entanto, a visita a Calais foi marcada por polêmicas por conta de uma futura lei de imigração que será debatida no Parlamento e que é desejada por Macron. Diversas entidades afirmam que o presidente francês tem um discurso de compaixão com os imigrantes, mas faz de tudo para impedir que eles vivam no país.