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Embaixada dos EUA pode ficar pronta em um ano, diz Netanyahu

Anúncio de Trump sobre Jerusalém gerou diversos protestos

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou nesta quarta-feira (17) que os Estados Unidos poderão transferir a sua embaixada de Tel Aviv para Jerusalém dentro de um ano.

"A embaixada será transferida para Jerusalém antes do que pensam, certamente dentro de um ano", disse o premier israelense aos jornalistas que o acompanham na Índia. No mês passado, segundo a imprensa local, diversos assessores do governo declararam que apenas a construção de um novo edifício para a representação norte-americana levaria entre três e quatro anos. Além disso, o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, chegou a dizer que o processo seria finalizado antes de dois anos. "Não é uma coisa que vá acontecer este ano, nem provavelmente no próximo, mas o presidente quer que avancemos de maneira muito concreta e resoluta", afirmou Tillerson em dezembro.

O anúncio da transferência ocorreu no fim do ano passado quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Tump, também reconheceu Jerusalém como a capital de Israel. A polêmica medida causou diversos protestos entre palestinos e israelenses.

A decisão do presidente foi denunciada pelos palestinos e muito criticada por grande parte da comunidade internacional. Durante a viagem à Índia, Netanyahu aproveitou para afirmar que a decisão de Trump de cortar a verba destinada à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) foi uma "coisa boa".

Ontem (16), o magnata cortou US$65 dos US$125 milhões dos fundos para ajudar a agência por falta de um acordo de paz entre a Autoridade Nacional Palestina (ANP) e Israel. A medida tem causado ainda mais preocupação na questão humanitária, já que o governo dos EUA é um de seus principais apoiadores.

Nesta quarta, o papa Francisco disse que "não cessará de pedir urgentemente uma retomada do diálogo entre israelenses e palestinos para uma solução negociada, voltada para a coexistência pacífica de dois estados dentro das fronteiras internacionalmente acordadas, no pleno respeito da natureza peculiar a Jerusalém, cujo significado ultrapassa qualquer consideração sobre questões territoriais".