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Governo da Venezuela confirma morte de ex-policial rebelde

Óscar Pérez realizou ataques contra prédios do governo em 2017

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O ministro do Interior da Venezuela, Nestor Reverol, confirmou nesta terça-feira (16) que Óscar Pérez, ex-policial que atacara prédios do governo com um helicóptero em 2017, foi morto durante uma operação das Forças de Segurança em El Junquito, na periferia de Caracas. 

Segundo as autoridades locais, a operação foi realizada para o "desmantelamento de uma perigosa célula terrorista, que nos últimos meses havia organizado ataques contra instituições do Estado, criando danos a várias pessoas inocentes, entre elas uma criança".

Durante a ofensiva, outras sete pessoas do grupo foram mortas e seis detidas, entre elas duas mulheres. Além disso, dois policiais também morreram nos confrontos, informou o ministro do Interior.

Em sua conta no Twitter, o ministério do Poder Popular para Relações Interiores, Justiça e Paz divulgou os nomes e as fotos dos mortos. "Durante as ações de desmantelamento, terroristas abriram fogo contra os funcionários, que procederam segundo os protocolos definidos para neutralizar o grupo de agressores, com saldo de sete terroristas mortos", diz a publicação. A informação sobre a morte de Pérez já havia sido divulgada ontem (15) pela emissora "CNN" em espanhol.

Ex-inspetor da polícia científica, Pérez ganhou notoriedade após roubar um helicóptero e disparar contra prédios públicos em Caracas, inclusive as sedes do Tribunal Supremo e do Ministério do Interior. Ele também lançou granadas contra os edifícios.

Nesta segunda-feira (15), em vídeos divulgados nas redes sociais durante os combates, Pérez chegou a dizer que estava negociando com as autoridades e que não queria enfrentar as forças de segurança. "São nossos amigos, somos patriotas, nacionalistas", afirmou.

Contudo, em uma segunda gravação, o tom mudou, e o ex-agente, com o rosto sujo de sangue, afirmou que a polícia queria matá-lo. "Dissemos que queremos nos entregar, mas eles não querem. Querem nos assassinar", acrescentou.

Os ataques de Pérez em 2017 tinham como objetivo evitar a convocação da Assembleia Nacional Constituinte por Nicolás Maduro, que acabou esvaziando os poderes do Parlamento, controlado pela oposição.