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Magneti Marelli vai se separar do grupo FCA

Empresa deve se tornar "independente" ainda em 2018

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O CEO da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), Sergio Marchionne, anunciou nesta segunda-feira (15) que levará ao conselho de administração da empresa uma proposta para separar as atividades da Magneti Marelli, fabricante de peças e sistemas para carros.

A estratégia seria a mesma da adotada com a Ferrari, que deixou o guarda-chuva da FCA no início de 2016 e, desde então, vem batendo recorde atrás de recorde em lucro e faturamento.

Na prática, Fiat Chrysler e Ferrari tem os mesmos acionistas - Marchionne é CEO da primeira e presidente da segunda -, mas operações completamente dissociadas uma da outra. O objetivo do executivo é fazer com que a Magneti Marelli tenha "existência separada" até o fim de 2018.

"Essa é a proposta que irá para o conselho", explicou Marchionne, salientando que a fabricante italiana de peças seria cotada na bolsa de valores de Milão - a Ferrari abriu capital na metrópole lombarda e em Nova York.

Nos últimos meses, a imprensa especializada vem especulando sobre possíveis separações dentro das operações da FCA, mas, até agora, falava-se principalmente em relação a montadoras, como Maserati, Alfa Romeo e até Jeep, menina dos olhos do grupo.

Detroit 

A segunda-feira também marcou o lançamento do novo modelo da FCA, o Ram 1500, picape apresentada no Salão do Automóvel de Detroit, nos Estados Unidos. A marca é um dos pilares da estratégia do grupo para o mercado norte-americano, onde pretende investir US$ 1 bilhão nos próximos anos.

Desde junho de 2009, a Fiat Chrysler já colocou mais de US$ 10 bilhões em sua operação nos EUA.