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Cruz Vermelha diz que evacuação em cidade síria é 'lenta'

Doentes começaram a ser transferidos de Ghuta após 4 anos

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A evacuação de dezenas de doentes da cidade síria de Ghuta, após um acordo humanitário com o governo de Bashar al-Assad, ainda é lenta, informou a Cruz Vermelha.

As retiradas dos doentes, especialmente aqueles que sofrem de doenças graves, continuam nesta quinta-feira (28), mas apenas 29 pessoas já foram retiradas da área rebelde sitiada pelo governo sírio há quatro anos.

O acordo previa a soltura de presos em troca da saída de pessoas doentes. Segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, há cerca de 300 civis que precisam ser retirados urgentemente da região oriental da cidade para receber atendimento médico.

Mas, as Nações Unidas pedem a retirada imediata de 500 sírios, incluindo muitas crianças que sofrem com o câncer. Atualmente, a população de Ghuta gira em torno de 400 mil pessoas.

Sempre citando a ONU, as agências locais informam que 12% dos menores de idade que moram na localidade sofrem com desnutrição por conta do embargo do governo sírio ao fornecimento de alimentos para a cidade, que desde 2012 é controlada por rebeldes anti-Assad.

Nos últimos dias, o presidente da Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, Francesco Rocca, foi a Damasco para se reunir com Assad. Em uma entrevista à ANSA, Rocca destacou que o "ponto crítico" para a entidade era Ghuta Oriental por conta do problema de saúde de crianças, adultos e idosos.