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Itália nega interferência russa em referendo

Ex-vice dos EUA acusou o Kremlin de ajudar o M5S em 2016

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O Comitê Parlamentar para a Segurança da República (Copasir) da Itália anunciou nesta quinta-feira (14) que até o momento não há evidências de que o governo da Rússia interferiu no referendo constitucional italiano ocorrido no fim de 2016.    

De acordo com os diretores da Agência de Informações e Segurança Interna (Aisi) e da Agência de Informações e Segurança Externa (Aise), Mario Parente e Alberto Manenti, respectivamente, existe um "monitoramento cuidadoso" sendo feito pela inteligência sobre o risco de interferência estrangeira nas consultas eleitorais.    

Na última semana, o ex-vice-presidente dos Estados Unidos Joe Biden acusou os russos de interferirem no referendo constitucional que levou a renúncia do então primeiro-ministro Matteo Renzi. "O compromisso dos dois serviços no que diz respeito à fake news e as possíveis tentativas de países estrangeiros de influenciar as competições eleitorais usando a ferramenta cibernética para transmitir certas mensagens de propaganda é alta e constante", asseguraram.    

No referendo constitucional de 4 de dezembro de 2016, Renzi propôs uma ampla reforma na Constituição e no sistema eleitoral para o Senado, mas foi derrotado nas urnas. O então premier, que é do partido de centro-esquerda Partido Democrático (PD), renunciou como havia prometido se perdesse a disputa.    

Em artigo publicado na revista "Foreign Affairs", Biden também afirmou no texto, assinado conjuntamente com o ex-vice-secretário de Defesa Michael Carpenter, que o Kremlin está ajudando os partidos de oposição Movimento Cinco Estrelas (M5S) e Liga Norte em vista das próximas eleições legislativas da Itália em março do ano que vem.    

Essa não é a primeira vez que os russos são acusados de "ajudarem" o M5S, mas as acusações sempre foram rejeitadas pelos líderes da sigla antissistema.