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Netanyahu: decisão de Trump sobre Jerusalém é reconhecimento da realidade

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, iniciou uma visita oficial a vários países da União Europeia, a primeira de um alto representante de Israel nos últimos 22 anos. O premiê israelense foi saudado pela chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, durante sua primeira visita à União Europeia.

Mogherini abordou o assunto de Jerusalém, agravado após a recente decisão dos EUA, dizendo que a UE continuará reconhecendo o "consenso internacional" sobre Jerusalém.

O alto funcionário de Israel, por sua vez, dirigiu-se ao lado palestino sobre a questão disputada de Jerusalém, dizendo que é hora de os palestinos reconhecerem o Estado judaico e Jerusalém como sua capital.

Na opinião de Netanyahu, o presidente norte-americano Donald Trump apenas reconheceu um fato que para ele é evidente, a cidade de Jerusalém é a capital de Israel.

"O que o presidente Trump fez foi colocar os fatos diretamente na mesa. A paz se baseia na realidade. A paz se baseia no reconhecimento da realidade e creio que o fato de Jerusalém ser a capital de Israel é completamente claro", disse Netayahu em Bruxelas durante uma coletiva de imprensa.

Esta posição vem na sequência da afirmação feita no dia anterior, quando ele apelou aos palestinos para aceitarem o estatuto de Jerusalém e "se sentarem à mesa para negociar a paz" durante o encontro com o presidente francês, Emmanuel Macron, em Paris.

O premiê israelense também afirmou esperar que a maioria dos países da União Europeia reconheça Jerusalém como capital de Israel, seguindo a decisão dos EUA quanto ao assunto.

A política de Israel quanto aos assentamentos é um dos obstáculos para a retomada do processo de paz entre Israel e Palestina. A última tem buscado o reconhecimento diplomático de sua independência nos territórios da Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, parcialmente ocupada por Israel, e da Faixa de Gaza. O governo israelense se recusa a reconhecer a Palestina como Estado independente e continua construindo assentamentos nas áreas ocupadas, apesar das objeções da ONU.

Anteriormente, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou o reconhecimento de Jerusalém como capital israelense, bem como a transferência da embaixada norte-americana de Tel Aviv para a cidade sagrada.

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