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Para os europeus, Moscou está 'militarizando' Crimeia e Kaliningrado

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O Parlamento Europeu acredita que a Rússia "militarizou" a Crimeia e a região de Kaliningrado, informa o RT, citando um relatório do Diretório Geral da entidade para os assuntos externos.

O documento assegura que Moscou está tentando "mudar" os padrões de segurança europeus em ambas as regiões, bem como fazer com que a crise nas relações com a União Europeia atinja a "esfera militar". Deste modo, os autores do relatório frisam que a Rússia usa a região de Kaliningrado para "ameaçar os países do Báltico", e a Crimeia — para ter um "bastião de resistência" no mar Negro.

De acordo com os autores, a instalação dos complexos de mísseis Iskander-M na região de Kaliningrado representa um desafio à segurança dos países vizinhos do Báltico. Falando da Crimeia, os analistas indicam que a reunificação da península com a Rússia modificou o equilíbrio militar na área para o lado de Moscou, enquanto os países que têm saída ao mar Negro devem passar a ter medo de Marinha russa, suas tropas e seus complexos de mísseis.

"As ações do Kremlin em ambas as áreasmostram planos políticos e táticos semelhantes. Principalmente, trata-se da militarização da região do Kaliningrado e da Crimeia como um ponto central da estratégia russa para demonstrar suas capacidades militares aos países da OTAN e da UE", adianta-se na análise.

Ademais, o Parlamento Europeu destacou a pouca probabilidade de uma guerra de larga escala nestas regiões. Ao mesmo tempo, os autores falam de uma possibilidade de "escalada pouco desejada e pouco controlada" de um conflito nas áreas dos mares Báltico e Negro.

A Rússia tem muitas vezes assinalado que o reforço da proteção das suas fronteiras ocidentais é uma resposta adequada à instalação dos sistemas da defesa antimíssil na Europa. Deste modo, o porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, esclareceu que a instalação dos sistemas de mísseis em Kaliningrado foi motivada pela necessidade de defender as fronteiras russas da expansão por parte da OTAN.

Sputnik