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Ministério Público belga pede extradição de Puigdemont

No entanto, tribunal deve anunciar decisão apenas em dezembro

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O Ministério Público da Bélgica pediu nesta sexta-feira (17) a execução do mandado de prisão e extradição contra o presidente destituído da Catalunha, Carles Puigdemont, e os quatro ex-secretários que o acompanham no "exílio" em Bruxelas: Antoni Comín, Clara Ponsatí, Lluís Puig e Meritxell Serret.

O pedido foi apresentado durante uma audiência com os cinco ex-dirigentes catalães no Palácio de Justiça da capital belga, porém os advogados de defesa terão duas semanas para rebater o Ministério Público. A próxima audiência está marcada para 4 de dezembro, mas a decisão da corte só deve sair depois de 10 dias.

Alvos de um mandado de prisão internacional emitido pela Audiência Nacional da Espanha, tribunal sediado em Madri, Puigdemont, Comín, Ponsatí, Puig e Serret são acusados de sedição, rebelião, prevaricação, desobediência e mau uso de recursos públicos na realização de um plebiscito separatista em 1º de outubro e na posterior declaração unilateral de independência da Catalunha, em 27 do mesmo mês.

Os ex-dirigentes escaparam para Bruxelas, onde chegaram a ser presos, mas acabaram ganhando liberdade provisória no início deste mês. No entanto, eles não podem deixar a Bélgica e precisam se apresentar à Justiça sempre que for solicitado.

De acordo com a juíza Carmen Lamela, da Audiência Nacional, os cinco viajaram a Bruxelas com o "único objetivo de escapar das possíveis responsabilidades que possam ter na Espanha". Se condenados pelos crimes dos quais são acusados, eles podem pegar até 30 anos de cadeia. (ANSA)