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Número de menores rohingyas em Bangladesh chega a 320 mil

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A cada semana, cerca de 12 mil crianças da minoria muçulmana rohingya fogem de Mianmar, onde sofrem perseguições, para o vizinho Bangladesh. O alerta foi feito pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que pediu o fim das "atrocidades" contra civis no país asiático.

De acordo com a agência da ONU, as condições de vida "desesperadoras" e as doenças ameaçam os mais de 320 mil rohingyas menores de idade que estão refugiados em Bangladesh. 

"Muitos pequenos refugiados rohingyas assistiram a atrocidades em Mianmar que nenhuma criança devia ver, e todos sofreram tremendas perdas", disse o diretor-executivo do Unicef, Anthony Lake.

Nos campos de acolhimento bengaleses, as crianças sofrem com altos índices de desnutrição aguda e faltam serviços de assistência para recém-nascidos. Além disso, há o risco de que, em meio ao caos devido à chegada em massa de rohingyas no país, as crianças acabem nas mãos de traficantes.

A atual onda de violência em Mianmar começou em 25 de agosto, quando rebeldes do Exército de Salvação Rohingya de Arakan (Arsa, na sigla em inglês) atacaram diversas delegacias no estado de Rakhine, gerando uma dura reação das forças de segurança contra a minoria muçulmana.

Antiga Birmânia, a nação tem atualmente a Nobel da Paz Aung San Suu Kyi como sua principal liderança política. O Arsa concentra sua atuação no oeste de Mianmar e luta para livrar os rohingyas da "opressão" do governo local.

Os membros dessa etnia são considerados "imigrantes" no país, que tem maioria budista, e são impedidos de acessar serviços básicos de saúde e educação.