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Ministra renuncia após novos incêndios em Portugal

Constança de Sousa diz que não tinha condição de ficar no cargo

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A ministra de Administração Interna de Portugal, Constança Urbano de Sousa, renunciou ao cargo nesta quarta-feira (18), após a segunda tragédia com incêndios no país em apenas quatro meses.

A saída foi confirmada por meio de um comunicado do gabinete do premier António Costa. "A ministra da Administração Interna apresentou-me formalmente o seu pedido de demissão em termos que não posso recusar", diz o comunicado. A pasta é responsável pelos serviços de emergência portugueses.

Em sua carta de renúncia, Sousa afirma que já havia tentado deixar o cargo após os incêndios que mataram 64 pessoas em Pedrógão Grande, no centro do país, mas que na época ela foi mantida no governo por Costa.

No entanto, a tragédia do fim de semana, quando diversos focos de fogo deixaram um saldo de 41 vítimas nos distritos de Coimbra, Viseu, Guarda e Castelo Branco, fez o primeiro-ministro aceitar a demissão de Sousa.

"Durante a tragédia deste fim de semana voltei a solicitar, logo após o seu período crítico, que aceitasse a minha cessação de funções, pois apesar de esta tragédia ser fruto de múltiplos fatores, considerei que não tinha condições políticas e pessoais para continuar no exercício deste cargo, muito embora contasse com a sua confiança", diz a ministra.

Na última terça-feira (17), a oposição anunciou uma moção de desconfiança contra o governo de centro-esquerda liderado por Costa, que viu sua popularidade ser abalada pelos incêndios em Portugal. (ANSA)