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Número de rohingyas em fuga de Mianmar se aproxima de 600 mil

Minoria muçulmana é alvo de perseguições no país asiático

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O número de pessoas da etnia rohingya que fugiram para Bangladesh por causa da violência deflagrada no estado de Rakhine, em Mianmar, no último dia 25 de agosto, subiu para 582 mil.

Apenas no último domingo (15), entre 10 mil e 15 mil deslocados cruzaram a fronteira entre os dois países no posto de controle de Anjuman Para, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

Além disso, de acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), cerca de 60% dos 582 mil rohingyas que fugiram de Mianmar nos últimos dois meses são crianças. "As crescentes necessidades superam os recursos e, sem fundos disponíveis, o Unicef não será mais capaz de fornecer ajudas indispensáveis", alertou a porta-voz da entidade, Marixie Mercado.

A atual crise no país asiático começou em 25 de agosto, quando rebeldes do Exército de Salvação Rohingya de Arakan (Arsa, na sigla em inglês) atacaram diversas delegacias em Rakhine, gerando uma reação violenta das forças de Mianmar contra a minoria étnica muçulmana. Antiga Birmânia, a nação tem atualmente a Nobel da Paz Aung San Suu Kyi como sua principal liderança política.

O Arsa concentra sua atuação no oeste de Mianmar e luta para livrar a minoria rohingya da "opressão" do governo local. Os membros dessa etnia são considerados "imigrantes" no país, que tem maioria budista, e são impedidos de acessar serviços básicos de saúde e educação.