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Candidato de Trump perde em primária republicana no Alabama

Votação se tornou teste de força para o presidente magnata

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O presidente Donald Trump e o establishment republicano sofreram na madrugada desta quarta-feira (27) mais uma derrota política, a poucas horas do polêmico debate sobre o fim do "Obamacare".

O candidato apoiado pelo magnata nas primárias republicanas no Alabama para uma vaga ao Senado, Luther Strange, foi derrotado pelo adversário Roy Moore, populista, ultraconservador e evangélico que recebe suporte de Steve Bannon e Sarah Palin.

Moore diz que os atentados de 11 de setembro foram uma punição divina contra a falta de fé dos norte-americanos, além de defender que os homossexuais devem ser banidos e o Islã "é uma falsa religião".

Vitorioso nas primárias, Moore agora enfrentará o candidato democrata, Doug Jones, em 12 de dezembro. Quem vencer ficará com a vaga no Senado aberta por Jeff Sessions, que foi nomeado procurador-geral por Trump.

A vitória de Moore contra Strange, para quem Trump havia feito campanha, tem um peso político forte dentro dos republicanos, evidenciando rachas e divergências no partido. E, com esse cenário, a legenda caminha para as eleições de metade de mandato, as quais ocorrerão em novembro de 2018, com a ala populista e conservadora ganhando simpatia do público, como ocorrera nos últimos anos com o fenômeno do Tea Party.

Além disso, a derrota de Strange é particularmente uma perda pessoal por Trump, que vencera no Alabama nas eleições presidenciais de 2016. "Parabéns a Roy Moore por sua vitória nas primárias do Alabama. Que vença em novembro", escreveu Trump no Twitter, admitindo a derrota de seu candidato.