Matéria publicada nesta sexta-feira (22) pelo Financial Times afirma que todos conhecem o resultado das eleições dominicais na Alemanha. Ninguém tem dúvida do resultado. Salvo um terremoto político, a votação colocará Angela Merkel à chancelaria pelo quarto mandato que uma vez resolveu nunca procurar. Muito menos certo é a forma e composição da coalizão governante que ela deve reunir.
Segundo a reportagem faltou energia ou grandes surpresas na campanha, como Merkel havia planejado. Com a economia crescendo fortemente, o desemprego em 4 por cento e o governo federal produzindo excedentes orçamentários em expansão, a chanceler pede ao eleitorado que avalie o status quo. As pesquisas de opinião mostram que sua parceria CDU / CSU conservadora assegurará cerca de 37% dos votos. Depois de uma campanha sem graça, o apoio aos social-democratas liderados por Martin Schulz está apenas um pouco acima de 20%.
O caos que seguiu o influxo de cerca de um milhão de migrantes quando Merkel abriu as fronteiras do país em 2015 diminuiu, aponta FT. As consequências não aconteceram. Merkel ganha elogios generalizados por acolher os refugiados da guerra civil síria. No entanto, mesmo quando se orgulham do humanitarismo do chanceler, a maioria dos eleitores insiste que a imigração em tal escala não pode ser prosseguida.