As eleições presidenciais do Quênia, inicialmente previstas para 17 de outubro, foram adiadas para 26 de outubro, após a Corte Suprema do país anular a votação ocorrida em agosto, anunciou nesta quinta-feira (21) a Comissão Eleitoral (IEBC).
Em um comunicado, a IEBC indica que o adiamento se deve à necessidade de a Comissão estar "totalmente preparada para organizar uma eleição que responda às normas definidas pelo Supremo Tribunal".
No dia 1 de setembro, as eleições as quais elegeram para um novo mandato o atual líder do país, Uhuru Kenyatta, foram canceladas por "não acontecerem de acordo com a Constituição", informou o líder da Corte, o juiz David Maraga.
Na ocasião, Maraga ressaltou que Kenyatta "não fora eleito e declarado presidente de maneira válida". O tribunal ainda citou irregularidades no processo e na transmissão dos resultados e determinou que outro pleito fosse realizado em até 60 dias. A decisão foi comemorada pela oposição, já que foi a primeira vez que uma votação presidencial foi invalidada na África. Com 55 anos de idade, Kenyatta está no cargo desde 2013. A IEBC tinha declarado sua vitória nas eleições de 8 de agosto com 54% dos votos, contra 44% de seu opositor Raila Odinga, que tem 72 anos. Após o resultado das eleições serem divulgados, declarando o Kenyatta como vitorioso no pleito, o Quênia registrou dois dias de protestos e violência. Na ocasião, ao menos 21 pessoas morreram.