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'Financial Times': Hamas pronto para reconciliar com o rival Fatah

Seria o fim de uma década de divisões, avalia o texto

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Matéria publicada nesta terça-feira (19) pelo Financial Times conta que o Hamas, grupo militante palestino que governa Gaza, disse no domingo que estava preparado para aceitar as condições necessárias para se conciliar com o seu rival, Fatah, para terminar uma década de divisões.

O grupo islâmico disse que desmantelará seu comitê administrativo em Gaza e permitirá eleições gerais que terão lugar no território e na Cisjordânia, informou Times. 

"Isso atenderá às exigências de Mahmoud Abbas, o presidente da autoridade palestina, cujas forças da Fatah foram expulsas de Gaza há 10 anos quando o Hamas assumiu o controle", acrescenta FT. 

O diário lembra que na ocasião, Abbas considerou o comitê administrativo do Hamas como um governo ilegítimo. O Fatah congratulou-se com a mudança do Hamas, que prepararia o caminho para a reunificação do governo palestino e disse que estava aguardando a implementação dos passos.

As tentativas anteriores de reconciliação e a formação de um governo de unidade se desviaram, enquanto o Hamas foi bloqueado em Gaza pelo Egito e Israel. O bloqueio e as três guerras com Israel levaram a grandes dificuldades em Gaza, aponta o noticiário.

Um governo de unidade foi anunciado em 2014, mas o Hamas não fez qualquer movimento para controlar o controle de Gaza. Abbas adicionou recentemente à pressão sobre o território em que vivem 2 milhões, recusando-se a financiar o fornecimento de eletricidade de Israel e cortando os salários dos funcionários públicos.

"O Hamas convida o governo de Gaza a chegar a um consenso para praticar sua missão e desempenhar suas funções na Faixa de Gaza imediatamente, e também aceita realizar eleições gerais", afirmou o grupo em um comunicado no domingo.

Mahmoud Aloul, deputado Fatah de Abbas, disse à rádio palestina que o passo do Hamas era "uma indicação positiva".

Os observadores dizem que um indicador importante da intenção do Hamas será se concordar em colocar suas forças em Gaza sob o controle de Abbas, conclui.

>> Financial Times