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Trump envia mais soldados ao Afeganistão e muda estratégia

Presidente dos EUA aumentou o tom contra o Paquistão

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviará mais quatro mil soldados ao Afeganistão, em uma nova estratégia militar do país para combater o terrorismo e auxiliar na estabilização local, informou a Casa Branca. "Eu esperava retirar todas as tropas e sempre gosto de seguir meus instintos. Mas aprendi que as decisões são muito diferentes quando se senta na mesa do Salão Oval", justificou o magnata republicano. 

De acordo com Trump, a retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão geraria um vácuo de poder, o qual seria usado por "terroristas, incluindo o Estado Islâmico e a Al-Qaeda". O presidente, porém, evitou fazer promessas em relação à quantidade exata de soldados que serão enviados ao Afeganistão, assim como a duração da nova operação. "Já falamos várias vezes como é contraproducente para os EUA anunciar antecipadamente as datas que pretendem começar, ou terminar, as operações militares. Não falaremos de números de soldados nem de nossos planos", explicou.

A nova política de Trump para o Afeganistão também prevê mudanças na relação entre os EUA e o Paquistão, que sempre foi visto como um parceiro controverso no combate ao terrorismo. "O Paquistão tem muito a ganhar colaborando com os nossos esforços no Afeganistão e muito a perder continuando a proteger os terroristas", disse o republicano, em um discurso transmitido da base militar de Fort Myer, na Virginia.

O governo do Afeganistão reagiu bem ao anúncio. "Os civis afegãos escutaram exatamente o que queriam", confessou o embaixador em Washington, Hamdullah Mohib. Mas os talibãs reagiram e fizeram novas ameaças aos EUA. "Até quando tiver um soldado americano na nossa terra, e a América continuar sua política de guerra, nós levaremos a diante, com determinação, a nossa jihad contra eles", afirmou o grupo em um comunicado.