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Ex-procuradora da Venezuela pede asilo à Colômbia

Luisa Ortega Díaz acusa Nicolás Maduro de "perseguição"

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A ex-procuradora-geral da Venezuela Luisa Ortega Díaz, destituída pela Assembleia Constituinte do presidente Nicolás Maduro, pediu asilo à Colômbia.

A notícia foi confirmada pelas autoridades de Bogotá e encerra os rumores sobre o destino de Díaz, que fugira de seu país após sua casa ter sido alvo de uma operação dos serviços de inteligência de Caracas.

Acompanhada do marido, o deputado chavista Germán Ferrer, e de dois funcionários, a ex-procuradora chegou à Península de Paraguaná, no Mar do Caribe, e pegou um barco até a ilha de Aruba, onde subiu em um avião para Bogotá.

Dissidente chavista, Díaz rompeu com o governo após o Tribunal Supremo de Justiça ter anulado as prerrogativas do Parlamento, no fim de março. A ex-procuradora garante ter provas de casos de corrupção envolvendo Maduro e a empreiteira brasileira Odebrecht.

No início de agosto, antes da destituição da procuradora pela Constituinte, o Ministério Público da Venezuela havia enviado dois representantes ao Brasil para ouvir o casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura sobre denúncias de que funcionários chavistas teriam recebido propina da construtora.

Em março, Mônica tinha dito à Procuradoria-Geral da República (PGR) que ela e seu marido receberam US$ 11 milhões em dinheiro vivo para fazer a campanha de Hugo Chávez à Presidência em 2012. Segundo sua versão, a quantia foi entregue por Maduro, então chanceler do país.

Díaz e Ferrer são acusados pelo novo chefe do Ministério Público da Venezuela, Tarek William Saab, fiel ao governo, de ter liderado uma "quadrilha de extorsão" e uma "máfia transnacional" para chantagear pessoas investigadas.