Após a primeira-dama de Zimbabué, Grace Mugabe, ter sido acusada de agredir uma modelo na África do Sul, o caso começou a gerar uma crise diplomática entre os dois países.
Nesta quarta-feira (16), o governo do Zimbabué chegou a pedir imunidade diplomática para a primeira-dama. No entanto, segundo informações da imprensa local, Grace teria saído da África do Sul para evitar a Justiça.
Por sua vez, o Ministério de Segurança zimbabueano desmentiu a notícia e assegurou que Grace permaneceria no país para acompanhar seu marido, Robert Mugabe, em uma reunião de chefes de Estado da Comunidade para o Desenvolvimento da África Meridional (SADC).
De acordo com as autoridades, a primeira-dama pretendia prestar depoimento na última terça-feira (15), mas mudou de ideia. Após isso, a África do Sul recebeu uma petição de Zimbabué pedindo a proteção diplomática.
A imunidade pode ser aplicada quando o parlamentar se encontra em uma viagem oficial. Caso seja comprovado que Grace visitou o país junto com a comitiva de Mugabe, ela não enfrentará nenhuma acusação.
No entanto, de acordo com o jornal "Zibabwean Mail", a primeira-dama estava em Joanesburgo para uma consulta médica.
O caso envolvendo a primeira-dama de Zimbabué ocorreu no último sábado (12), quando Grace chegou no apartamento em que os filhos moram, segundo relatou a agredida, Gabriella Engels, ao jornal "News24".
Segundo a vítima, ela também estava no local junto com uma amiga para visitar os dois jovens, e que os guarda-costas de Grace lhes pediram para esperar em outra sala.
"Então ela entrou, se lançou sobre mim e começou a me bater com uma extensão na cabeça, acusando-me de estar vivendo com eles, e os seguranças não fizeram nada", relatou a modelo, que sofreu ferimentos no rosto e na cabeça.
Além disso, Gabriella disse que acionará seus advogados para entrar com uma ação contra Grace. "Quero ir ao tribunal porque realmente quero que ela [Grace Mugabe] vá para prisão pelo que me fez", ressaltou. O caso pode gerar uma crise diplomática ainda maior já que os dois países vizinhos têm forte laços políticos e econômicos.