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'Le Monde': Nuvens escuras sobre Brexit

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Le Monde publicou nesta quarta-feira (16) um texto sobre as incertezas que envolvem o Brexit. As negociações formais começaram ha quase cinco meses e devem ser finalizadas até outubro de 2018, mas a situação continua caótica e aumenta o risco de que o Reino Unido deixe a UE sem qualquer acordo.

E se os "especialistas", contra o brexit, estiverem com razão? Aos poucos, suas previsões sombrias sobre a saída do Reino Unido da União Europeia serão realizadas, acrescenta Monde.

A economia britânica está na crise, com um crescimento de cerca de 0,3% por trimestre, duas vezes menor que na época do referendo, em Junho de 2016. Houve redução de consumo. As grandes empresas estão reduzindo seus investimentos, sem saber o que o futuro trará. E a maioria dos grandes bancos na Cidade anunciam Frankfurt como localização da sua sede pós brexit, seguido por Paris, Amesterdam, Dublin e Madrid.

Monde acrescenta que o Reino Unido está longe de uma recessão, e o número de banqueiros que estão deixando a cidade não deve exceder quinze mil, inicialmente. A Grã-Bretanha pode enfrentar este tipo de choque. Pelo menos por agora. Pois é somente um primeiro passo. Os especialistas previam uma deterioração em duas etapas: primeiro um rebuliço durante o atual período de transição, e após a saída real da União Europeia, a magnitude dos problemas econômicos depende do tipo de acordo que Londres firmará com Bruxelas.

As negociações formais começaram ha quase cinco meses, reitera o diário francês. Michel Barnier, o negociador europeu, advertiu: tudo deve ser concluído até outubro de 2018, e, em seguida, dar vinte e sete anos para ratificar o acordo. Resta pouco mais de um ano para se chegar a um acordo.

No entanto, o governo britânico não definiu claramente sua posição de negociação, lembra o editorial. Ele compartilhou dois objetivos: sair do mercado único europeu e da união aduaneira. Mas como exatamente fazer isso permanece um mistério. Londres enviou um único documento abrangente, sobre o destino de expatriados europeus após Brexit, considerado imediatamente insuficiente por Bruxelas.

Esta semana, como a primeira-ministra Theresa May voltou de férias, dois documentos devem, finalmente, ser tornar públicos: um sobre a situação muito complicada na Irlanda do Norte, o outro sobre a questão dos costumes. 

> > Le Monde