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'The Economist': Como lidar com a questão da Venezuela

Artigo afirma que sanções devem direcionar funcionários, não o país

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The Economist publicou nesta quinta-feira (27) um texto sobre a crise da Venezuela. O país afirma ter mais petróleo do que a Arábia Saudita, mas seus cidadãos estão com fome. 

O artigo salienta que 93% deles dizem que não podem pagar pelos alimentos que precisam, e três quartos perderam peso no ano passado. 

O ditador do regime que causou essa tragédia fala que possui um grande amor pelos pobres, no entanto, seus funcionários desviaram bilhões, tornando a Venezuela o país mais corrupto da América Latina, bem como o governado com menor aptidão. 

The Economist aponta que a Venezuela é um exemplo didático de por que a democracia importa: as pessoas com governos ruins devem ser capazes de expulsar os vagabundos. É por isso que o presidente Nicolás Maduro está tão ansioso para sufocar o pouco que resta da democracia na Venezuela, acrescenta.

No dia 30 de julho, Maduro realizará uma eleição fraudulenta para selar a criação de uma assembléia constituinte escolhida à mão, cujo objetivo é perpetuar seu impopular regime socialista, ressalta o noticiário britânico. 

Isso completará a destruição dos poderes do parlamento, agora controlado pela oposição, e destruirá a integridade de uma eleição presidencial no próximo ano, que, se fosse justa, Maduro certamente perderia, avalia The Economist. 

Os oponentes dizem que a assembléia instalará o comunismo ao estilo cubano, complementa o editorial da revista. No mínimo, sua criação provocará mais violência em um país onde as ruas já estão sufocadas com gás lacrimogêneo e cheias de marginais utilizando espingardas policiais. Em quase quatro meses de protestos, mais de 100 pessoas morreram; Mais centenas de pessoas foram trancadas por razões políticas. Tudo isso enfurece os venezuelanos. Deve também alarmar o mundo, finaliza The Economist.

> > The Economist