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'Deutsche Welle': Populismo à la Trump não tem chance na Alemanha, diz estudo

Frustração dos eleitores alemães ao establishment é bem menor que nos EUA e UK

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Matéria publicada nesta terça-feira (25) pelo jornal alemão Deutsche Welle relata que a frustração antiestablishment que levou Donald Trump ao poder e o Reino Unido a votar pelo Brexit existe na Alemanha, mas de uma forma muito mais moderada e que não decidirá a eleição nacional do país, em 24 de setembro deste ano. 

A reportagem diz que esta é a conclusão central de um estudo encomendado pela Fundação Bertelsmann sobre como cidadãos aptos a votar no próximo pleito legislativo veem o populismo.

Welle acrescenta que os pesquisadores definiram o populismo como hostilidade em relação ao establishment, crença de que "o povo" é basicamente um grupo homogêneo e a visão de que a liderança política deveria ser a expressão direta da vontade popular. O estudo concluiu que 29,2% dos potenciais eleitores alemães são completamente populistas, 33,9% o são em parte, e 36,9% não apresentaram quaisquer traços populistas.

O diário complementa que embora uma pequena maioria dos alemães esteja frustrada com a forma como a democracia funciona na prática, houve um apoio irrestrito – mesmo entre populistas ferrenhos – pela democracia como sistema político.

"As pessoas com atitudes populistas na Alemanha são democratas decepcionadas, mas não inimigas da democracia", disse o coautor da pesquisa, Robert Vehrkamp, na apresentação oficial do estudo em Berlim.

O mesmo padrão se aplica à União Europeia (UE), garantiu Vehrkamp. Os alemães consultados criticaram a UE na sua forma atual, embora tenham apoiado fortemente o bloco europeu como um conceito geral. Eleitores alemães parecem estar menos irritados do que americanos ou britânicos. Vehrkamp classificou tal clima político na Alemanha de "populismo moderado".

> > Deutsche Welle