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Trump acusa 'New York Times' de frustrar plano de matar líder do Estado Islâmico

"Interesses doentios acima da segurança nacional", escreveu o presidente dos EUA

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O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou neste sábado (22) o jornal The New York Times de "frustrar" um plano norte-americano para matar o líder do grupo 'jihadista' Estado Islâmico, Abu Bakr al-Bagdadi. O mandatário, contudo, não deu detalhes sobre o caso.

"O fracassado New York Times frustrou uma tentativa dos Estados Unidos de matar o terrorista mais procurado, al-Bagdadi. Os seus interesses doentios acima da segurança nacional", escreveu Trump na rede social Twitter.

O Presidente não deu detalhes sobre como o jornal teria prejudicado uma operação contra o líder do grupo radical e o New York Times já pediu esclarecimentos à Casa Branca.

Trump tem mantido uma relação tensa com o jornal desde que chegou ao poder, acusando-o várias vezes de manipular a informação, mas dando-lhe também informações e entrevistas exclusivas, como uma entrevista divulgada recentemente. 

Rumores sobre a morte do líder do Estado Islâmico (EI) surgiram diversas vezes nos últimos anos. O mais recente veio do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, que anunciou a confirmação da morte do terrorista junto a fontes do grupo que liderava. Recentemente, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que os serviços de informação russos verificam se o líder terrorista está vivo ou morto.

Na sexta-feira (21), o general norte-americano Tony Thomas afirmou em uma conferência em Aspen que as forças especiais dos Estados Unidos estavam perto do chefe do EI em 2015, mas perderam o rasto depois de informações divulgadas pela imprensa. "Era uma boa pista. Infelizmente, isso foi divulgado por um jornal nacional cerca de uma semana depois e a pista acabou", declarou o general Thomas.

O The New York Times publicou, em junho de 2015, durante a administração do Presidente Barack Obama, um artigo indicando que as forças norte-americanas tinham obtido informação sobre a forma como o líder do EI conseguia se manter "invisível".