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Trump encerra colaboração com rebeldes sírios, diz jornal

Decisão deve agradar à Rússia, que luta ao lado de Assad

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu colocar fim ao programa secreto da Agência Central de Inteligência (CIA) para armar e treinar rebeldes sírios moderados que se opõem ao regime de Bashar al Assad. A informação é do jornal "The Washington Post", que cita "fontes oficiais".

O fim da colaboração da CIA com grupos de oposição armados era um pleito antigo da Rússia, que, no complexo tabuleiro da guerra civil na Síria, luta ao lado de Assad. O programa esteve no centro da linha adotada pelo ex-presidente Barack Obama para pressionar Damasco, mas sua eficácia foi colocada em dúvida após Moscou ter enviado tropas ao país árabe, o que fortaleceu o presidente sírio.

Segundo as fontes mencionadas pelo "Washington Post", a decisão de encerrar a colaboração reflete o desejo de Trump de encontrar modos de atuar em conjunto com a Rússia, além de deixar claro que a derrubada de Assad não é mais uma prioridade dos EUA, como já havia sido indicado pelo próprio magnata.

Em abril, o presidente norte-americano disse que sua postura em relação ao líder sírio "mudou", ainda que pouco depois ele tenha ordenado um bombardeio contra a base militar de Shayrat, controlada pelo regime, em retaliação a um ataque químico atribuído às forças de Damasco.

Ainda de acordo com o "Washington Post", o fim do programa secreto da CIA foi determinado há um mês, ou seja, antes da primeira reunião bilateral entre Trump e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, no dia 7 de julho. Na ocasião, eles mostraram sintonia e anunciaram um cessar-fogo no sudoeste da Síria.