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Quatro ministros deixam governo de Macron na França

Partido que faz parte do governo é investigado no Parlamento UE

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A crise no partido Movimento Democrático (MoDem) fez com que o presidente da França, Emmanuel Macron, enfrentasse seu primeiro grande problema político com a perda de ministros que formavam seu Gabinete nos últimos dias.

O representante da Justiça, François Bayrou, e a ministra para Assuntos Europeus, Marielle de Sarnez, anunciaram que estão deixando seus cargos nesta quarta-feira (21), seguindo a decisão divulgada ontem (20) pela ministra da Defesa, Sylvie Goulard.

A sigla dos três políticos é investigada no Parlamento Europeu desde janeiro, quando o MoDem foi acusado de usar dinheiro da União Europeia para pagar funcionários na França - em um escândalo semelhante ao da líder do partido Frente Nacional, Marine LePen.

Apesar de não terem sido citados diretamente na investigação, os três preferiram se afastar do governo para "comprovar inocência".

Além da crise no MoDem, outro ministro de Macron, o ex-membro do Partido Socialista Richard Ferrand, que era o ministro de Coesão Territorial, também saiu do governo. Mas, neste caso, a renúncia foi por conta de uma investigação aberta pela Procuradoria de Brest, na região francesa da Bretanha, sobre um suposto favorecimento de Ferrand a sua esposa em uma transação imobiliária em 2011.

Com os anúncios desta quarta-feira, não há mais nenhum ministro do MoDem no governo do líder do A República em Marcha (REM).

Apesar de ter feito parte da campanha que levou Macron à Presidência, a sigla centrista não teve muito impacto na grande vitória do REM nas eleições legislativas do último domingo (18).

Com os resultados do pleito, o presidente pode governar sem a necessidade de coalizões, já que conquistou 308 dos 577 deputados da Assembleia Nacional.