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Em Gênova, Papa critica demissões e mercado de trabalho atual

Francisco defendeu que trabalho é o centro da democracia

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O papa Francisco se reuniu neste sábado (27) com mais de 3,5 mil operários italianos durante uma visita a Gênova e fez críticas ao mercado de trabalho e ao capitalismo.

"Quando a economia passa para as mãos de especuladores, tudo se estraga. Vira uma economia sem rosto, sem identidade", afirmou Francisco em uma fábrica da empresa Ilva em Cornigliano. 

"Um bom empresário não é especulador", disse. "Quem pensa que resolve os problemas da empresa demitindo as pessoas também não é um bom empresário". 

De acordo com Francisco, o mercado atual está em "risco" porque não compreende o significado do trabalho. "Às vezes, pensam que uma pessoa trabalha bem somente porque recebe salários. Isso, na verdade, é um grave desestímulo porque nega a dignidade e a honra que o trabalho proporciona", comentou. 

"Em torno do trabalho, todo o pacto social se edifica. Quando não se trabalha, ou se trabalha mal, pouco ou muito, é a democracia que entra em crise", criticou. A reunião com os trabalhadores de Gênova foi o primeiro compromisso do Papa na cidade. Francisco também visitou a catedral local e se encontrou com imigrantes e detentos.