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Protestos contra G7 terminam em confronto na Itália

Polícia usou bombas de efeito moral contra manifestantes

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A cúpula do G7 em Taormina, na Itália, já terminou, mas centenas de manifestantes tomaram as ruas da Sicília para protestar contra a reunião. O ato teve momentos de confrontos entre a polícia e o público, que carregava faixas e camisetas com a inscrição "No G7". Os policiais usaram bombas de efeito moral para conter os manifestantes, que se autodenominam "antagonistas".

A confusão começou porque os manifestantes não encerraram o ato no local previsto e continuaram marchando. O cortejo partiu às 15h locais (10h de Brasília) e ocorreu na cidade costeira de Giardini Naxos. Lojas e restaurantes da região estão fechados desde ontem (26), e a população evita sair às ruas devido aos protestos.

Cerca de 3,5 mil pessoas compareceram ao ato deste sábado, número inferior ao esperado. Mas, mesmo assim, interferiu na cúpula que contou com a participação de líderes da Itália, a anfitriã, Reino Unido, França, Alemanha, Estados Unidos, Japão e Canadá. As manifestações precisaram receber autorização prévia para ocorrerem e foram obrigadas a permanecerem em Giardini Naxos, já que a sede da cúpula do G7, Taormina, estava blindada contra ameaças terroristas.

O prefeito de Messina, o ativista Renato Accorinti, particiou dos protestos de hoje. Ontem, ele também foi a uma manifestação contra o presidente norte-americano, Donald Trump, no Teatro Greco de Taormina. Usando uma camiseta estampada com a inscrição "We Welcome Migrants" ("Nós recebemos imigrantes", ele criticou a ideia de Trump construir um muro na fronteira com o México e a participação dos EUA em guerras.

A cúpula do G7 foi iniciada ontem (26) e encerrada neste sábado. A declaração final do evento contém uma mensagem contra o terrorismo e o reconhecimento dos direitos dos imigrantes, mas os EUA se opuseram a aceitar uma posição comum sobre os acordos climáticos.