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Irã rebate Trump e diz que programa de mísseis vai continuar

Trump e Arábia Saudita acusaram o Irã de fomentar o terrorismo

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O presidente do Irã, Hassan Rouhani, afirmou nesta segunda-feira (22) que Teerã continuará com seu programa de mísseis balísticos e pediu para o governo dos Estados Unidos parar de fornecer armas para "os principais patrocinadores do terrorismo" respondendo às críticas do presidente Donald Trump.    

Durante coletiva de imprensa transmitida ao vivo pela TV estatal, Rouhani afirmou que "a nação iraniana decidiu ser poderosa". "Nossos mísseis são para a paz e para a defesa. As autoridades norte-americanas deveriam saber que, quando precisarmos testar um míssil tecnicamente, nós o faremos e não iremos esperar sua permissão", disse.    

De acordo com o porta-voz do ministério das Relações Exteriores do Irã, Bahram Qasemi, Washington deveria "abandonar a política de confronto, a iranofobia e a venda de armas perigosas para os responsáveis pelo terrorismo".    

"Infelizmente, com as políticas hostis e agressivas dos norte-americanos estamos assitindo um reforço renovado de grupos terroristas na região", acrescentou Qasemi, se referindo ao contrato assinado por presidente Donald Trump no valor de US$110 bilhões para o fornecimento de armas para a Arábia Saudita.    

Em sua declaração, o chefe de Estado iraniano também aproveitou para criticar a Arábia Saudita, estimulando Riad a permitir que seu povo decida o destino do país através de eleições livres. Rouhani, que acaba de ser reeleito, foi o responsável pelo acordo que limitou o programa nuclear local em troca de um abrandamento das sanções contra o país. No entanto, Trump e a Arábia Saudita acusaram o Irã de fomentar o terrorismo durante a Cúpula Árabe Islâmico, realizada neste domingo (21).    

Trump, que visita Israel, participou de um encontro com o presidente israelense, Rueben Rivlin, em Jerusalém. Após a reunião, ele acusou o Irã de apoiar "terroristas" e insistiu que Teerã não deve ter autorização para possuir armas nucleares. "Estados Unidos e Israel podem afirmar com uma única voz que o Irã nunca deve ser autorizado a possuir uma arma nuclear - nunca, jamais - e que deve cessar o financiamento, o treinamento e o equipamento mortais de terroristas e milícias", declarou o republicano.