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Pentágono anuncia que investigará ex-conselheiro de Trump

Michael Flynn teria recebido pagamentos sem autorização prévia

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O Pentágono anunciou que está abrindo uma investigação própria sobre o ex-conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos Michael Fynn sobre as relações entre o ex-funcionário da administração de Donald Trump e autoridades russas. 

De acordo com uma carta divulgada pelos democratas nesta quinta-feira, dia 27, Flynn teria recebido pagamentos de entidades e organizações estrangeiras sem autorização prévia, como russas e turcas. 

Além disso, o ex-conselheiro já teria sido avisado em 2014 que não deveria receber benefícios de outros governos sem que antes do Departamento de Segurança os consentisse. Assim, o Pentágono investigará se Flynn teve ou não autorização prévia para receber pagamentos de uma administração estrangeira. 

Flynn, que deixou o governo de Trump em fevereiro desse ano, havia sido afastado do cargo após ter sido revelado que ele mentiu sobre uma conversa que teve com o embaixador russo em Washington, Sergey Kislyak, em dezembro. O ex-assessor havia afirmado que não conversou sobre as sanções aplicadas pelo então presidente Barack Obama contra os russos. 

No entanto, como o Pentágono estava fazendo interceptações telefônicas com todos os diplomatas do Kremlin, ficou comprovado que ele debateu as sanções com Kislyak. Mais tarde, já fora do governo, foi revelado que ele recebeu um pagamento feito pela emissora "Russia Today" para participar de uma entrevista em São Petersburgo e não declarou o recebimento do dinheiro - o que é proibido pelo Pentágono. 

Além de Flynn e do presidente norte-americano, o procurador-geral norte-americano, Jeff Sessions, e o genro e conselheiro sênior do republicano, Jared Kushner, estão sob a mira do FBI e das comissões de Informações e Inteligência do Congresso. Desde o ano passado, o FBI investiga a interferência russa nas eleições norte-americanas e aos ataques ocorridos contra o Partido Democrata, que desestabilizaram a campanha de Hillary Clinton.