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Assaltantes de transportadora de valores no Paraguai são brasileiros, diz ministro

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O ministro do Interior do Paraguai, Lorenzo Lezcano, disse em entrevista à radio ABC Cardinal que os assaltantes de uma transportadora de valores em Ciudad del Este são brasileiros. O roubo ocorreu na madrugada desta segunda-feira (24) na sede da Prosegur. Ladrões fortemente armados invadiram o local e fugiram com dinheiro.

A Polícia Nacional do Paraguai tinha apontado para o roubo US$ 40 milhões (mais de R$ 120 milhões), mas o chefe de investigações de delitos da Polícia Nacional em Alto Paraná, Arsênio Correa, disse que os valores ainda são contabilizados.

Segundo a agência Telám, o grupo formado por cerca de 50 pessoas abriu um cofre com uso de explosivos e fuzis antiaéreos, em um roubo que durou mais de três horas e ficou registrado em dezenas de registros amadores, em que é possível ver o incêndio de veículos, o som de tiros e o estrondo das explosões.

O jornal La Nación do Paraguai informou que o assalto foi liderado por membros da facção criminosa brasileira Primeiro Comando da Capital (PCC), que também atacaram a sede da polícia e do governo. 

De acordo com o chefe policial, ainda pela manhã os investigadores trabalhavam para desativar as bombas que os assaltantes colocaram "em pontos estratégicos da cidade". "Há bombas ao redor do edifício, que estão sendo desativadas esta manhã. Os delinquentes incendiaram 14 veículos em pontos estratégicos da cidade para evitar que nós [a polícia] chegássemos ao local. Abandonaram veículos blindados com bombas ativadas", relatou o comissário Vera ao canal TN.

Vera vinculou o assalto à detenção, há poucos dias, no Paraguai, de um dos criminosos mais procurados no Brasil, conhecido como "Robertinho", número dois da estrutura do PCC.

As explosões afetaram casas vizinhas e a polícia ainda avalia os danos e contabiliza feridos. De acordo com informações preliminares, o policial identificado como Sabino Ramón Benítez foi morto e quatro pessoas ficaram feridas. Ao todo, 15 veículos foram incendiados.

 polícia do Alto Paraná informou que realiza buscas na região com apoio militar. A polícia do Brasil ainda não interveio, mas acompanha o caso. 

A imprensa do Paraguai trata o caso como o maior assalto da história do país. 

Com agência 'Ansa Brasil' e 'Agência Brasil'