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Explosão em São Petersburgo: O que sabemos até agora?

Ataque em metrô ainda não foi reivindicado por nenhum grupo

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Já tratada como terrorismo pelas autoridades locais, a explosão desta sexta-feira (3) no metrô de São Petersburgo, segunda maior cidade da Rússia, ainda está cercada de mistério, já que nenhum grupo reivindicou o suposto atentado até o momento. 

Veja abaixo o que se sabe sobre o incidente: 

A explosão - A bomba foi detonada por volta de 14h30 (horário local), no túnel entre as estações Sennaya Ploshchad e Tekhnologichesky Institut, na linha azul, que percorre São Petersburgo no sentido norte-sul.    

Apesar da explosão, o condutor ainda levou o trem até a parada Tekhnologichesky Institut para facilitar o resgate.    

Inicialmente, falou-se em duas bombas, mas logo ficou claro que apenas uma havia explodido, provavelmente no terceiro vagão da composição.    

Pouco depois, um artefato contendo 1 kg de TNT foi achado em outra estação da cidade, mas o explosivo foi desarmado pelas forças de segurança. O material deve ter sido igual àquele utilizado na bomba detonada.    

As vítimas - Até o momento, o balanço oficial do Comitê Nacional Antiterrorismo contabiliza 11 mortos e 45 feridos, sendo que alguns estão em estado grave. Sete das vítimas faleceram no momento da explosão, uma morreu a caminho do hospital, e três, quando já estavam sob cuidados médicos. Há chances de o balanço se agravar nas próximas horas.    

Os autores - O primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, chamou a explosão de "ato terrorista", e as investigações são conduzidas pelo Comitê Nacional Antiterrorismo. Ainda assim, nenhum grupo reivindicou o suposto ataque. Segundo a agência "Interfax", que cita fontes da polícia, a ação teria sido realizada por um suicida.    

O mesmo veículo de imprensa diz que o kamikaze teria largado um explosivo em uma estação de metrô e depois embarcado no trem com outra bomba, a que foi detonada. De acordo com o portal "Fontanka", baseado em São Petersburgo, o terrorista seria um jovem de 22 anos chamado Maxim Arishev, natural do Cazaquistão, uma ex-república da União Soviética. As causas - Há diversos grupos que teriam interesse em atacar a Rússia, a começar pelos jihadistas do Estado Islâmico (EI), que é alvo de bombardeios de Moscou, aliada do presidente Bashar al Assad, na Síria. Se essa hipótese se confirmar, terá sido o primeiro ataque da milícia em solo russo.    

O EI reivindica o abatimento de um avião da Rússia que voava entre Sharm el Sheikh, no Egito, e São Petersburgo. Sua queda ocorreu na península egípcia do Sinai, em outubro de 2015, e deixou 224 mortos. Rita Katz, diretora do "Site", portal que monitora a atividade de extremistas na internet, relata que os canais ligados ao Estado Islâmico estão "relativamente quietos" e com pouca comemoração.    

Hipóteses mais "tradicionais" apontariam para uma explosão causada por terroristas da Chechênia ou do Daguestão, repúblicas russas que abrigam movimentos separatistas. Ambas são de maioria muçulmana. Grupos dessas duas regiões já cometeram diversos atentados nas principais cidades da Rússia, como Moscou e São Petersburgo, inclusive contra o sistema de transporte público.