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OEA descarta suspensão da Venezuela e Maduro celebra vitória

Maioria dos países foi a favor de maiores esforços na diplomacia

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, comemorou a "grande vitória" que seu governo obteve na reunião extraordinária da Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre a situação econômica, política e social no país sul-americano desta terça-feira (28). 

Segundo o mandatário, o fato de que a maioria das nações presentes no encontro não votaram a favor da suspensão da Venezuela do grupo e de que a Carta Democrática Interamericana não foi aprovada pela grande parte dos Estados-membros é algo extremamente positivo. 

"Nós obtivemos uma grande vitória, nem foi aprovada a Carta Democrática e nem se aprovou o comunicado infame da coalizão de países de governos de direita. Vitória popular para a Venezuela", celebrou Maduro. 

O presidente venezuelano também disse que brindou "com alegria" pela sua pátria e que o país conseguiu derrotar "o Departamento de Estado dos Estrados Unidos e a Chancelaria mexicana". Na reunião desta terça, cerca de nações no bloco latino reconheceram que a Venezuela enfrenta uma "difícil situação" e votaram a favor de apoiar a democracia, o diálogo e a busca de respostas diplomáticas para a crise econômica e política que o país está lidando antes de tomar medidas mais drásticas, como suspender a Venezuela do grupo. 

"Recordando nosso contínuo apoio ao diálogo e à negociação, reiteramos nossa preocupação com a difícil situação política, econômica, social e humanitária que se vive na Venezuela", afirmou nota conjunta que foi lida no fim da assembleia pela representante do Canadá, Jennifer May. 

Antes da decisão dos países do grupo, o secretário-geral da entidade, Luis Almagro, desafeto de Maduro, havia proposto que os presos políticos da Venezuela fosses libertados e que o país passasse por novas eleições Presidenciais para que ele não fosse suspenso. 

A sessão extraordinária foi convocada após um pedido formal apresentado por Argentina, Bahamas, Barbados, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, EUA, Guatemala, Honduras, Jamaica, México, Panamá, Paraguai, Santa Lúcia e Uruguai. A solicitação ocorreu após Almagro apresentar um documento informando sobre a situação política da Venezuela, especialmente na questão dos "presos políticos". De acordo com o secretário-geral da OEA, Caracas viola "todos os artigos" da Carta Democrática Interamericana.

No entanto, para que uma possível suspensão da Venezuela ocorra, é preciso que uma votação sobre o tema tenha dois terços dos votos dos 34 países-membros da OEA.