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Abertura de novo corredor auxilia esforços humanitários no Sudão do Sul

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Em um momento em que os esforços internacionais estão crescendo para aliviar o impacto da fome no Sudão do Sul, o Acordo de Cartum (capital do Sudão) para abrir um novo corredor humanitário dá impulso às atividades de socorro em andamento e economiza muito tempo e esforço. As informações são da agância de notícias chinesa Xinhua.

No domingo, o governo sudanês disse que concordou em abrir um novo corredor para a entrega de ajuda humanitária à população afetada pela fome no Sudão do Sul. O comissário de Ajuda Humanitária do Sudão, Ahmed Adam, disse que a entrega da ajuda humanitária através do novo corredor começará esta semana.

O governo de Cartum também concordou em reabrir o corredor fluvial ligando a cidade de Kosti no centro do Sudão e os portos fluviais do Sudão do Sul, na condição de que Juba (capital e a maior cidade do Sudão do Sul) devolva 11 barcos apreendidos anteriormente.

Mais barato

O corredor humanitário recém-inaugurado ajudará a entregar ajuda alimentar a tempo e reduzir a dependência do transporte aéreo, que custa seis a sete vezes mais do que por via fluvial e rodoviária.

Marta Ruedas, coordenadora residente das Nações Unidas no Sudão, elogiou ontem (26) a decisão do Sudão de abrir um novo corredor humanitário para o Sudão do Sul, onde 100 mil pessoas estão passando fome em meio a uma crise humanitária em todo o país.

"Ao abrir este corredor transfronteiriço, o governo do Sudão está mostrando seu compromisso com o povo do Sudão do Sul e reforçando ainda mais a cooperação com a comunidade internacional para retirar aquele país de uma fome crescente que poderia afetar um milhão de pessoas," disse Ruedas em um comunicado de imprensa.

"Esta decisão também vem em um momento crítico imediatamente antes da estação chuvosa do Sudão do Sul, que começa em maio, e normalmente torna as estradas intransitáveis," acrescentou.

Jovem nação

Esta semana, o Programa Alimentar Mundial (PAM) das Nações Unidas fornecerá 11 mil toneladas de sorgo, o que é suficiente para alimentar 300 mil pessoas por três meses, para as áreas atingidas pela fome no Sudão do Sul, de acordo com o comunicado.

Pelo menos 7,5 milhões de pessoas no Sudão do Sul, quase dois terços da população, precisam de ajuda humanitária, disse o PAM. O Sudão do Sul disse anteriormente que cerca de cinco milhões de pessoas estavam passando fome. A fome no país é atribuída a muitas razões, incluindo a guerra civil e o colapso da economia na nação recém-nascida.