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Vice-presidente da Samsung é indiciado por corrupção

Lee teve prisão decretada no último dia 17 de fevereiro

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O vice-presidente e herdeiro da Samsung, Lee Jae-Yong, e outros quatro executivos da empresa foram oficialmente indiciados nesta terça-feira (28) por corrupção, no âmbito do escândalo que tem abalado a Coreia do Sul.

Lee, de 48 anos, foi acusado por "corrupção, utilização indevida de bens públicos, ocultação de ativos no exterior e perjúrio", declarou Lee Kyu-Chul, porta-voz da equipe especial que investiga o caso.

O chefe do maior conglomerado empresarial sul-coreano teria pago 43 bilhões de wons (US$ 36,42 milhões) para organizações ligadas a Choi Soon-sil, apelidada de "Rasputina sul-coreana" e amiga da presidente afastada da Coreia do Sul, Park Geun-hye, que é o centro do escândalo no país.

A justiça acredita que o suborno de Lee foi realizado para garantir sua liderança na Samsung e a controversa fusão entre a companhia e a Cheil Industries Inc. de US$8 milhões apoiada pela National Pension Service (NPS) em 2015.

No último dia 17 de fevereiro, as autoridades decretaram a prisão provisória de Lee, filho do presidente do grupo e neto do fundador da Samsung. Além do crime de suborno, a promotoria acusa o empresário de peculato e perjúrio, por ter dado várias versões em seus depoimentos.

Histórico

O escândalo de corrupção na Coreia do Sul concentra-se em Choi Soon-sil, que é acusada de ter interferido em assuntos oficiais sem possuir cargo no governo e de ter aproveitado dessa influência e da amizade com a presidente Park para embolsar grandes quantias de dinheiro de companhias e conglomerados da Coreia do Sul, como Samsung, Hyundai e LG, que pagaram milhões de dólares de suborno através de fundações privadas criadas por ela.

Segundo as investigações, Choi e Park teriam dividido entre si os lucros dos subornos conseguidos. O caso explodiu no país asiático de tal maneira que, em dezembro do ano passado, o seu Parlamento decidiu aprovar o impeachment da presidente, que atualmente está afastada.

O Tribunal Constitucional tem até junho para decidir se Park tem de abdicar permanentemente ou pode voltar a assumir o cargo. Os poderes presidenciais da mandátaria estão suspensos.

Caso a destituição de Park avance, a Coreia do Sul terá que realizar eleições presidenciais nos 60 dias seguintes.