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'El País': 120 generais aposentados se rebelam contra orçamento de Trump

Antigos altos comandantes alertam para risco à segurança mundial com falta de recursos

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Matéria publicada nesta terça-feira (28) pelo El País conta que o corte ordenado pelo presidente dos Estados Unidos para bancar seu gigantesco orçamento militar foi criticado por 120 generais e almirantes aposentados, entre os quais figuras tão destacadas como o antigo diretor da CIA David Petraeus e o ex-chefe das Forças Armadas George Casey. 

A reportagem informa que em uma carta dirigida aos líderes do Congresso e aos principais secretários governamentais, este grupo de antigos altos comandantes alerta para o risco que implica reduzir, como pretende Trump, o gasto do Departamento de Estado e seus programas de ajuda externa.

> > El País 120 generales retirados se rebelan contra el presupuesto de Trump

“Sabemos pelo nosso serviço armado que muitas das crises que nossa nação enfrenta não têm somente uma solução militar. E isto inclui desde fazer frente à violência extremista de grupos como o Estado Islâmico no Norte da África e no Oriente Médio até prevenir pandemias como o ebola ou estabilizar Estados fracos e frágeis que podem desencadear a instabilidade”, indica o texto.

Para os generais aposentados, o serviço diplomático e suas agências de cooperação, como a Usaid, são absolutamente necessárias para a manutenção da ordem e da paz. “São críticos para prevenir o conflito e reduzir a necessidade de enviar nossos homens e mulheres para o perigo”, dizem.

De acordo com El País o objetivo de Trump, divulgado na segunda-feira (27), é aumentar o gasto militar em 54 bilhões de dólares (168 bilhões de reais) –no total, 9,3%. Trata-se do maior incremento em uma década e devolve os Estados Unidos à era Bush, quando os conflitos do Iraque e Afeganistão estavam em plena efervescência. Para conseguir esse aumento, o presidente ordenou um corte geral que afeta basicamente o Departamento de Estado e a ajuda externa.