Matéria publicada nesta sexta-feira (24) pelo Deutsche Welle conta que a candidata de extrema direita e líder nas pesquisas eleitorais para presidente da França Marine Le Pen promoveu uma nova rejeição pública ao comércio global e à governança multilateral, defendendo a importância da identidade cultural e da independência nacional. Em uma palestra sobre política externa em Paris, nesta quinta-feira (23/02), Le Pen criticou duramente a União Europeia (UE) e a Otan, além de denunciar o que chama de intromissão ocidental em países como Iraque, Síria, Líbia, Rússia e Turquia – algo, que segundo ela, aumentou a instabilidade, quebrou compromissos bilaterais e traiu os desejos do povo.
> > Deutsche Welle Le Pen blasts EU, NATO, praises Trump
Segundo a reportagem o discurso de Le Pen ofereceu um contraponto à imagem mais agressiva da base do seu partido, a Frente Nacional, que carrega uma imagem de agremiação populista anti-imigrante e anti-muçulmana. A candidata afirmou que a França sob seu governo seria um país defensor das "pessoas oprimidas, que fala para os que não têm voz e projeta algo poderoso e grandioso".
Welle acrescenta que Le Pen não respondeu a nenhuma pergunta e continuou a falar calmamente mesmo depois de uma integrante do grupo Femen, nua, tentar interromper o discurso. A manifestante foi carregada, ainda gritando, para fora da sala.
O diário alemão relata que pesquisas divulgadas nesta quinta-feira confirmaram que Le Pen continua a ser a candidata favorita nesta eleição presidencial cheia de surpresas, apesar de seu envolvimento recente em um escândalo sobre o uso impróprio de verbas da União Europeia para pagar funcionários da Frente Nacional.
Líderes europeus já manifestaram desprezo em relação à populista de direita, mas ela se saiu melhor no início da semana no Líbano, onde se encontrou com o presidente e o primeiro-ministro do país. Ela também provocou polêmica ao cancelar uma reunião com um líder muçulmano libanês depois de se recusar a usar o véu, conclui DW.