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Roma condena ex-diretores do Banco do Vaticano à prisão

Cipriano e Tulli foram condenados à 4 meses de detenção

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A Procuradoria de Roma condenou o ex-diretor-geral do Instituto para Obras da Religião (IOR) Paolo Cipriani e seu então vice-diretor Massimo Trulli a quatro meses e 10 dias de prisão por omissão ligada às operações consideradas suspeitas.    

A decisão desta quinta-feira (23) ainda absolveu os dois por supostos crimes ligados ao rombo financeiro de 23 milhões de euros registrado pelo Banco do Vaticano em 2010.    

O veredito seguiu parcialmente o pedido do procurador Stefano Rocco Fava, que acusava os dois ex-dirigentes pelos crimes financeiros, e que havia pedido um ano de condenação para Cipriani e 10 meses para Trulli.    

A investigação contra o Banco do Vaticano começou há sete anos por conta de uma suposta falta de respeito às normas bancárias na referência ao pedido do Credito Artigiano. Em 2010, uma transferência de 23 milhões de euros para o J.P.    

Morgan Frankfurt (que recebeu 20 milhões de euros) e ao Banco del Fucino (que recebeu os outros três milhões de euros) levantou a suspeita de lavagem de dinheiro. O valor foi restituído à Santa Sé em junho de 2011 O IOR deveria ter como função atuar apenas nas obras da Igreja Católica, mas a Itália abriu investigações para verificar se ele atuava com pessoas laicas como se fosse um banco comum, o que afeta as leis italianas.    

Roma chegou a acusar o Banco do Vaticano de atuar por 40 anos sem autorização. Mas, os casos anteriores a Cipriani e Trulli não foram investigados por já terem prescrevido.    

Desde que assumiu o Pontificado, o papa Francisco vem fazendo diversas reformas nas estruturas administrativas e financeiras da instituição. Uma das mais atingidas, o IOR, foi atingido por uma série de afastamentos de seus diretores e passou por uma completa reestruturação.