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Ministro desiste de enfrentar Merkel em eleições alemãs

Sigmar Gabriel deixou caminho livre para Martin Schulz

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O vice-chanceler e ministro da Economia da Alemanha, Sigmar Gabriel, informou que não irá concorrer à chancelaria do país nas eleições marcadas para setembro deste ano.

Em entrevista à revista alemã "Stern", Gabriel afirmou que seria um erro concorrer ao cargo porque "se eu me apresentar, falho eu e falha comigo o SPD". O presidente do Partido Social Democrata (SPD) ainda renunciará à função, deixando o caminho livre para que o ex-presidente do Parlamento Europeu Martin Schulz assuma seu posto.

O vice-chanceler do governo de Angela Merkel, que pertence à União Democrata-Cristã (CDU), explicou à publicação os motivos que o fizeram desistir de concorrer ao posto.

"Todas as pesquisas mostram que os eleitores não querem mais uma grande coalizão, mas na cabeça das pessoas, é isso que eu sou.

Por isso, Martin Schulz é o homem certo. Para conduzir uma campanha eleitoral de sucesso, há dois pressupostos fundamentais: o partido deve crer no candidato e reunir-se por ele e o candidato deve querer isso com cada fibra de seu coração. As duas medidas não foram apresentadas de maneira suficiente", disse ainda sobre sua possível indicação.

Gabriel ainda revelou um "motivo privado" para a desistência, referindo-se ao seu novo filho que vai nascer em março deste ano. "Hoje sou um homem muito feliz. Não sei se seria igualmente feliz se eu precisasse ver minha família ainda menos do que vejo agora", ressaltou.

Apesar do anúncio do ministro, a decisão oficial do SPD deve ser anunciada só no próximo domingo (29). Schulz, que anunciou sua saída da Presidência do Parlamento Europeu recentemente, deve ser o grande rival de Merkel nas eleições marcadas para o dia 24 de setembro.

No entanto, é muito provável que os dois partidos voltem a formar uma coalizão para governar a Alemanha, como aconteceu nos últimos anos, seja quem for o vencedor.