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Trump mudará Embaixada para Jerusalém, diz prefeito da cidade

Nir Barkat disse que governo do magnata está "sério" com decisão

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O governo norte-americano de Donald Trump parece estar "sério" na sua intenção de mudar a embaixada dos Estados Unidos em Israel de Tel Aviv para Jerusalém. A informação é do prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, nesta segunda-feira (23) durante uma entrevista à emissora de rádio "Army Radio" e vem a apenas um dia da Casa Branca ter afirmado que as discussões sobre transferir a embaixada ainda estão no começo.    

O político disse que já teve reuniões com funcionários dos EUA a respeito e que nelas, o país dispôs várias propriedades que tem na cidade que podem ser destinadas a esse uso.    

"Pelas conversas que tive com oficiais do governo dos EUA, eu sei que eles estão levando a sério as suas intenções. Mas eu definitivamente não penso que a transferência da embaixada possa ser feito em um dia", disse Barkat. A declaração do prefeito de Jerusalém também aconteceu um dia após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, terem tido o primeiro telefonema oficial. Os assuntos da conversa, no entanto, não foram divulgados pela Casa Branca.    

Em dezembro do ano passado, o nome indicado para ocupar a Embaixada dos EUA em Israel por Trump, David Friedman, aceitou o cargo dizendo que não vê a hora de trabalhar "na embaixada dos EUA na capital eterna de Israel, Jerusalém", confirmando a intenção de Trump de mudar a sede da embaixada de Tel Aviv, onde se encontra há anos. Essa decisão representa um grave risco de congelar o processo de paz entre israelenses e palestinos e incendiar mais uma vez o conflito na região, já que Jerusalém também é reivindicada como capital da Palestina.    

Assentamentos

No último domingo (22), o governo de Israel aprovou a construção de mais 566 casas no leste de Jerusalém, parte da cidade que é considerada a capital do futuro Estado da Palestina. A construção das moradias havia sido tirado na agenda municipal de última hora por Netanyahu, que afirmou que medida era forma de evitar uma maior censura da administração de Barack Obama, que enfrentou Israel não apresentando seu tradicional veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas em uma resolução contra os assentamentos feitos por israelenses na Cisjordânia.    

No entanto, com Trump oficialmente no poder, Israel voltou a por o assunto das construções em pauta e logo o aprovou. O motivo é que o país acredita que a posição do magnata republicano em relação à nação seja diferente, muito mais favorável e solidária do que a de Obama.    

Agenda de Trump - Nesta segunda, no primeiro dia útil de Trump como presidente dos Estados Unidos, o mandatário norte-americano se reuniu com empresários no Roosevelt Room, na Casa Branca, prometeu vantagens para as companhias que produzirem no país e sugeriu que irá impor "substanciosas taxas aduaneiras" nas mercadorias estrangeiras que entrarem nos EUA.   

O magnata afirmou que encontros com empresários norte-americanos como esse poderão acontecer a cada três meses nos próximos anos.    

No seu "Day One" no cargo, Trump ainda terá outros compromissos em um calendário agitado.    Após o café da manhã com empresários, o republicano assinou alguns decretos executivos, se encontrará com líderes de sindicatos, receberá os líderes do Congresso e se reunirá com o seu chefe, Paul Ryan.