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Patrocinador da campanha de Clinton prevê 'fracasso da ditadura de Trump'

George Soros acredita que Trump não acreditava que iria ganhar

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Na véspera da posse do presidente Trump, o magnata George Soros prognosticou a decadência do novo chefe de Estado e predisse um período turbulento para a economia britânica no contexto do Brexit, informa a agência Bloomberg.

O empresário chamou o 45º presidente dos EUA de "um ditador potencial que fracassará" devido à sua intenção de travar uma "guerra comercial", sendo que esta terá um impacto profundo na Europa e nos outros países do mundo.

"Trump não esperava ganhar e ficou surpreendido. Pessoalmente, eu estou convencido de que ele fracassará (…) porque as ideias que ele professa são inerentemente contraditórias", afirmou Soros, apoiante e patrocinador da campanha eleitoral de Hillary Clinton nas eleições norte-americanas de 2016, durante uma reunião com vários empresários e jornalistas no âmbito do Fórum Econômico Mundial de Davos, comunica a Bloomberg.

Os mercados globais "não se sentiram bem", segundo o magnata, porque a administração de Trump vai gerar muita incerteza.

No que toca à situação no Reino Unido, Soros prognosticou tempos turbulentos para a economia do país e dificuldades para alcançar um "Brexit limpo", assim como a elevada probabilidade de se celebrar um acordo comercial sucessor uma vez que sejam cumpridas todas as obrigações da saída da UE.

"Em minha opinião, a premiê Theresa May não permanecerá no poder por muito tempo", afirmou. "A situação econômica é melhor do que se esperava, é por isso que as pessoas se têm mostrado otimistas, mas dada a desvalorização da moeda o nível de vida diminuirá", concluiu.

"Teoricamente, se pode esperar que o Reino Unido abandone a União Europeia em 2019 ou 2020, é isso que ele é obrigado a fazer", mas ele bem pode firmar algum novo acordo comercial com o bloco "da noite para o dia".

Em geral, Soros prediz um futuro obscuro para a Europa. O ano de 2017 foi desastroso, e a região está em uma situação complicada, com sua população dividida e com os movimentos anti-UE que ganham cada vez mais terreno, resumiu.